Saber-se que alguém se atreve a dizer que foi ou frequenta uma consulta de psiquiatria continua a constituir um risco de ser apelidado, mesmo que à boca pequena, de “maluco”. Cada um sente nas costas e na alma uma dor que vem acrescentar mal-estar ao seu padecer.
A pandemia por SARS-CoV-2 alterou de modo indelével a vida de todos nós: passou a polarizar notícias e temas de conversa, determinou o fecho prolongado de diversas actividades de bem-estar e condicionou o modo como nos relacionamos como seres humanos, trocando o analógico da proximidade e toque para o digital do ecrã.
A relação entre irmãos carateriza-se pela contrariedade de sentimentos: amor versus raiva. Isto funciona como uma mola impulsionadora da aprendizagem, constituindo um marco importante na estrutura psicológica da criança, tanto ao nível psíquico como social, e deve ser encarado como um processo de crescimento natural, desde que não atinja proporções de agressividade perigosas.
A formação do indivíduo começa na família. A convivência saudável no ambiente familiar gera uma relação de confiança recíproca, a obediência e o hábito de dar valor às regras.
Num país com prevalência do excesso de peso e obesidade em mais de 65% da população, o confinamento que vivemos, pode ser visto como uma oportunidade de investir tempo na gestão alimentar familiar e na melhoria do bem-estar integral e saúde de cada um de nós.
Os nossos amigos preocupam-se connosco, porque veem-se ao espelho, através de nós, e, então, estimulam-nos nos hábitos de vida saudáveis, na alimentação ou no exercício físico, nos aspetos culturais, ideológicos ou filosóficos, ajudam-nos a elevar a autoestima e o nosso bem-estar.
A pandemia obrigou a modificar e readaptar muitos dos hábitos pessoais, sociais, profissionais, relacionais e familiares.
É possível um acompanhamento nutricional que satisfaça, que seja promotor de saúde (pessoal, social e ambiental), que faça sentido e esteja integrado no estilo de vida de cada um, que seja personalizado.
A parentalidade é uma viagem alegre, contudo, por vezes, pode ser frustrante e esgotante. O desafio é enorme: ter nas mãos um ser humano que começa a viver e se apresenta tão frágil e pequenino, que em tudo depende de nós, e dirigi-lo até à idade adulta.
Em tempos onde as deslocações estão e devem estar condicionadas, em que as viagens, as visitas, as explorações estão minimizadas, a cozinha e a alimentação relembram o seu, sempre disponível, poder de nos levar a viajar.
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