Flipped Classroom

Trabalho de casa na escola,
aula dada em casa.

O modelo pedagógico dos “professores youtubers”

O ensino tradicional está a mudar no mundo dominado pela cibercultura. Assim, graças às novas tecnologias existe um modelo de ensino denominado Flipped Classroom (FC) ou também conhecido como sala de aula invertida.
É um modelo pedagógico que na prática, consiste em ter um “professor youtuber” que grava um vídeo com a matéria (o professor está a dar a aula no quadro e a explicar os conteúdos propostos pelo programa) ou a fazer a locução por cima de um conjunto de slides. Os vídeos são curtos, não ultrapassam os 15 minutos e são assistidos pelos alunos em casa.
Com o Flipped Classroom, os alunos estudam os conteúdos curriculares em casa. O tempo em sala de aula é aproveitado para projetos, investigação, debates, exploração, articulação e aplicação de ideias ou simplesmente para a realização de exercícios.

Inversão do modelo de ensino

Esta inversão do modelo de ensino possibilita aulas mais produtivas e mais participativas, uma vez que a leitura antecipada incita o raciocínio prévio, levanta dúvidas e possibilita a discussão.
Contudo “flippear” uma aula é muito mais do que a edição e distribuição de um vídeo; compreende um enfoque integral em subdividir as aulas que combinam a instrução direta e métodos construtivistas, com o incremento do compromisso dos alunos com as matérias.

Dos EUA para Portugal

As Flipped Classroom ganharam forma em 2007 nos EUA com dois professores de química Jonathan Bergman e Aaron Sams; pode ser aplicado a todas as disciplinas e do ensino básico ao universitário.
Segundo Carl Wieman (Prémio Nobel da Física em 2001), esta metodologia aplicada à disciplina de física fez com que se verificasse um aumento de 20% na presença e um aumento de 40% na participação dos alunos; as notas dos alunos participantes foram duas vezes superiores às apresentadas pelas turmas do ensino tradicional. Também em Harvard, este método aplicado à disciplina de matemática (estudo longitudinal) revelou ganhos entre os 49-74%. Entre 2013 e 2015 também 4 escolas portuguesas, da grande Lisboa, aplicaram este método de ensino.

Claro que o sucesso do método consiste em dar capacidade aos professores para a sua aplicação, o que implica uma mudança de paradigma.

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