Vacinas em tempo de pandemia.

Era uma vez as doenças…

Difteria – parece um nome antigo, não é?

A vacina da difteria foi desenvolvida nos anos 20 do século XX, quando eram noticiados nos Estados Unidos 100.000 a 200.000 casos por ano, bem como com 13.000 a 15.000 mortes no mesmo período. Morria-se por asfixia, em agonia. O uso da vacina baixou drasticamente a incidência da doença. Apesar disso, nos últimos 10 anos, ainda foram registados, a nível mundial, 4.000 a 8.000 situações de difteria, por ano, tendo vindo a falecer 10% desses casos.

Poliomielite – diz-lhe alguma coisa?

Antes do desenvolvimento da vacina, em 1950, a poliomielite deixou milhões de crianças paralíticas em todo o mundo. Desde então, a vacinação para a poliomielite levou à erradicação desta doença em muitos países. Em 1980, ainda se registaram 350.000 casos de pessoas paralisadas para a vida, com poliomielite. Atualmente, a doença ainda não é considerada erradicada.

Sarampo – sabia que…

A vacina para o sarampo existe desde 1963, mas apenas cerca de 20 anos depois passou a ser globalmente aplicada. Estima-se que, entre os anos 2000 e 2018, esta vacina terá evitado 23,2 milhões de mortes. Mesmo assim, em 2018, morreram no mundo 142.000 crianças, com idades abaixo dos 5 anos, com sarampo, número que tende a aumentar, e para o qual contribuem setores da opinião pública anti vacinação.

Vacinação, um ato de responsabilidade e de saúde pública

Em Portugal, a Direção Geral de Saúde (DGS) publicou, em 25/03/2020, um comunicado, considerando a vacinação uma medida de saúde pública prioritária, uma vez que previne doenças como o sarampo, a tosse convulsa, o tétano, a difteria, a poliomielite, a papeira, a rubéola, a hepatite B e doenças muito graves, como meningite por 13 tipos de pneumococo, por meningococo C e por Haemophilus influenzae b.
Em tempo de pandemia, a DGS considera prioritária a vacinação das crianças até aos 12 meses de idade, das crianças com vacinas em atraso, das crianças com risco de tuberculose grave, de doentes crónicos e de outros grupos de risco, previamente definidos, assim como a vacinação das grávidas para a tosse convulsa.
Os Centros de Saúde estão a trabalhar neste sentido, com segurança.

Não descure a vacinação dos seus filhos. Não facilite epidemias em tempo de pandemia.

Gostou do artigo?

Deixe-nos o seu email e receberá a nossa newsletter CSB360º
Uma compilação mensal dos artigos publicados no nosso site, para que não lhe escape nada.

OUTROS ARTIGOS E NOTÍCIAS CSB360º