1. Em que consiste a sialoendoscopia?
A sialoendoscopia, ou endoscopia salivar, consiste na visualização do interior dos canais das glândulas salivares. É possível a observação direta e imediata de várias patologias dessas glândulas, sem a necessidade de outros métodos de imagem.

A sialoendoscopia utiliza um equipamento próprio (sialoendoscópio, ou endoscópio salivar), constituído por uma cânula, no interior da qual existe uma fibra ótica, conectada a uma fonte de luz e a uma câmera de vídeo, que, por sua vez, estão ligadas a um monitor.

2. Quais as indicações da sialoendoscopia?
A sialoendoscopia está indicada em situações de patologia obstrutiva (ex.: litíase) ou em quadros de tumefação salivar recorrente, sem causa óbvia de obstrução. É também útil em várias doenças inflamatórias e em alterações da salivação.

3. Quais as possibilidades da sialoendoscopia?
A sialoendoscopia é um meio diagnóstico e uma técnica terapêutica. Para além da documentação de patologias, permite a aplicação de medicamentos, a extração de cálculos, a libertação de rolhões, a dilatação de estenoses, a lise de aderências, entre outras intervenções.

Para além de constituir uma técnica terapêutica, a sialoendoscopia pode ser co-adjuvante em tratamentos cirúrgicos, permitindo, não só, procedimentos intra – canalares, como também o direcionamento de cirurgias “a céu aberto”, favorecendo intervenções mais eletivas e conservadoras.

4. Quais as contra-indicações da sialoendoscopia?
A sialoendoscopia é um procedimento minimamente invasivo, sem contra-indicações absolutas, e, praticamente, sem riscos ou complicações. Tem, por isso, uma excelente relação custo-benefício. À partida, qualquer pessoa (criança ou adulto) pode realizar este exame.

5. Qual a preparação para a sialoendoscopia?
A sialoendoscopia requer uma preparação mínima. Não é necessária qualquer medicação ou jejum, sequer, embora seja útil uma refeição leve até 1h antes. É importante haver um reforço da higiene oral nas 24h anteriores (escovagem dos dentes e bochechos com elixir).

A existência de, pelo menos uma, consulta prévia é vivamente aconselhada, uma vez que não só permite identificar qual o motivo da realização do procedimento, e eventuais dificuldades que poderão existir, como possibilita a melhor explicação do procedimento ao doente.

6. Como se realiza a sialoendoscopia?
A sialoendoscopia é feita com o doente deitado numa marquesa, idealmente, sob anestesia local (tópica e, eventualmente, infiltrativa); a sua duração é variável, de acordo com a facilidade/dificuldade de acesso ao canal e com o tipo de procedimento.

7. Quais os cuidados após a sialoendoscopia?
A sialoendoscopia requer a instituição de cuidados gerais, dietéticos e de higiene oral, bem como a prescrição medicamentosa; esta última é variável, de acordo com a duração e o tipo de procedimento, mas, quase sempre, implica um antibiótico e um anti-inflamatório/analgésico.

Se o exame for apenas diagnóstico, é adequado, embora dispensável, existir uma consulta posterior; se tiver ocorrido uma intervenção, nomeadamente a extração de um cálculo, é fortemente recomendável, pelo menos uma, avaliação presencial ulterior.