Natal: Stress e a doença da pressa

O coelho da Alice

A sociedade Moderna vive a era do fast, onde tudo precisa de ser rápido, “para ontem”.

O ritmo a que nos impomos e que nos impõem é tão alucinante que parecemos o coelho da “Alice no País das Maravilhas”: sempre a correr de um lado para o outro, com medo de não chegarmos a tempo para tudo e para todos.

A “doença da pressa” é o sentimento permanente de urgência sem justificação. Paralelamente a este comportamento padrão da sociedade, constata-se que nesta época Natalícia, as pessoas vivem como se estivessem no meio de um furacão. O comprar, o dar, o ter, o oferecer para presentear, o fazer-se presente – muitas vezes transformado apenas em consumismo por obrigação, opera como um critério perfeitamente definido, perante o qual muitos de nós nos sentimos impotentes, dando lugar, em muitos casos, a compras, gastos, stress, faltas de sentido. Aliado a isto, os jantares de Natal, os amigos invisíveis, as sobremesas, o saco de presentes do Pai Natal que por nós tem que ser recheado, a família, as viagens….

Rever cuidadosamente o que é mesmo necessário.

Há muitas estratégias que podemos recorrer para minimizar os perigos da doença da pressa. Adiantar as compras de Natal e os presentes é o objetivo de muitas famílias, sobretudo das que desejam chegar a 17 de Dezembro sem sobressaltos. Mas para outras, o dia 23 é dia de compras, sendo que são envolvidos de tanto stress que nos faz embarcar na aventura do Natal compulsivo.

Neste caso, a estratégia consiste em identificar primeiramente uma necessidade, posteriormente procurar um produto ou algo que seja capaz de resolver ou satisfazer a necessidade e por fim identificar qual a nova necessidade. Para uma maior eficácia, este processo deve ser repetido sucessivamente até ao término das compras. Rever assim, o que é realmente necessário e reduzir as situações que nos fazem envolver em tanto stress. Planear a ementa, a lista de doces, as quantidades; dividir tarefas, fazer um calendário de “a fazeres natalícios”. E sobretudo, não deixar tudo para o dia 23 ou 24.

“Be slow!”

Nunca podemos esquecer que: “Todos nós temos o mesmo tempo, a diferença está na maneira como o gerirmos e aproveitamos” e que, procurarmos o sentido do ambiente natalício e vivê-lo de forma slow é uma estratégia de saúde, de relações com mais qualidade e… de felicidade.

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