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1. O que é o sarampo?
O sarampo é uma doença vírica, altamente contagiosa, caraterizada por febre, mal estar, tosse, escorrência nasal, inflamação ocular e manchas caraterísticas na boca e na pele. Em crianças saudáveis, geralmente, resolve-se sem problemas, mas pode causar complicações muito graves, até fatais. É, ainda hoje, uma das principais causas de morte na infância em populações não vacinadas.
2. Porquê vacinar?
Segundo dados da OMS, graças às campanhas de vacinação para o sarampo, entre 2000 e 2015, foram evitadas 20,3 milhões de mortes por ano, o que torna a vacina do sarampo uma das mais eficazes medidas de saúde pública tomadas até hoje.
3. Como é em Portugal?
Até à década de 70 do século passado, o sarampo era extremamente comum em Portugal e quase nenhuma criança lhe escapava. Assim, a maior parte dos adultos com mais de 40 anos tem imunidade à doença.
A partir de 1974, a vacina do sarampo entrou no Plano Nacional de Vacinação e as crianças portuguesas passaram a ser vacinadas por rotina, ficando protegidas. Atualmente, somos um dos países com maior cobertura vacinal do mundo; 98% das crianças tem uma dose de vacina e 95% recebeu duas doses .
4. Que proteção dá a vacina do sarampo?
O Programa Nacional de Vacinação recomenda duas doses de vacina, aos 12 meses e aos 5 anos. A vacina do sarampo é aplicada em conjunto com a vacina da parotidite (papeira) e da rubéola, e vem referida no Boletim de Vacinas como VASPR. A vacina do sarampo é altamente eficaz, com uma proteção de 93%, se feita numa dose, e de 97% com duas doses.
5. E nos bebés com menos de um ano?
Nas condições atuais, a Direção Geral de Saúde não aconselha, por rotina, a vacina do sarampo antes dos 12 meses. No entanto, em casos de contacto com um doente com sarampo, ou na eminência de viagem para um país com elevada prevalência da doença, a vacina pode ser feita a partir dos 6 meses de idade, devendo ser sempre repetida aos 12 meses e aos 5 anos.
6. A imunidade de grupo funciona no sarampo?
Quando cerca de 95% da população está protegida, como é o caso de Portugal, a imunidade de grupo, fornecida por todos aqueles que no passado tiveram sarampo ou estão vacinados (e por isso não o transmitem), funciona como um escudo contra a doença, ajudando a proteger os não vacinados, tais como os mais pequeninos, que ainda não têm idade para a vacina, e alguns raros portadores de doenças graves que não podem ser vacinados.
7. Vacina e autismo: preocupa?
Em 1998, foi publicado um artigo controverso que levantava a suspeita de associação entre a vacina para o sarampo/parotidite/rubéola e casos de autismo, assim como outras doenças crónicas. Desde então, toda a pesquisa científica efetuada demonstrou não haver tal associação. Ficou, sim, provado que o estudo publicado era uma fraude, os dados insuficientes e as conclusões abusivas, acabando o seu autor por ser impedido de exercer medicina.
8. Corremos o risco de epidemia?
A Direção Geral de Saúde afirma que a probabilidade de propagação do vírus do sarampo em Portugal é muito reduzida, e que não há razões para temer uma epidemia de grande magnitude, uma vez que a larga maioria das pessoas está protegida.
9. Que posso fazer pelo meu filho?
Verifique se as vacinas estão em dia: uma dose de VASPR para crianças entre 1 e 5 anos; duas doses para os maiores de 5 anos. Tem doses em falta? Vacine.
Com os mais pequeninos, esteja atento aos sintomas da doença. Evite contactos com crianças não vacinadas. Na dúvida, consulte o seu médico.