No IV Inquérito Nacional ao Consumo de Substâncias Psicoativas na População Geral, Portugal 2016/17 (Faculdade das Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa), da responsabilidade de Casimiro Balsa, Clara Vital e Cláudia Urbano, verifica-se que a grande maioria da população em Portugal, em geral, é abstinente do consumo de substâncias psicoativas ilícitas (90% no que diz respeito a qualquer substância ilícita, chegando aos 99,8% no que diz respeito aos cogumelos alucinogénios e novas substâncias psicoativas). No caso dos medicamentos, a percentagem de abstinentes cai para os 87,5%. No caso do tabaco, a abstinência ocorre em cerca de metade da população; relativamente ao álcool, apenas 13% da população não consome, verificando-se a maior percentagem de consumidores correntes – 48% e de consumidores recentes – 10%.
Substâncias e dependências
De todas as substâncias, é o tabaco aquela que é mais vezes consumida, com uma frequência diária (mais de 90% dos consumidores). Seguem-se a ele, na ordem de um consumo mais frequente, os medicamentos e, depois, o álcool. Ao nível do álcool, no entanto, e nos consumos nos últimos 12 meses, verifica-se a situação de maior heterogeneidade da medida das frequências de consumo. De entre as substâncias ilícitas, a cannabis é a que apresenta um maior número de declarações de consumo com uma frequência mais regular.
Prevalência de consumos de álcool ao longo dos últimos 12 meses